O que vou falar aqui é a minha impressão, claro, mas como já li muitas coisas por aí sobre o assunto, acredito que possa afirmar que não, não é perigoso ir para Rússia caso você decida ir sozinho (sendo homem ou mulher, mas nosso foco aqui são as mulheres).
Eu passei uma semana lá em agosto de 2017 e me senti bastante segura em todos os sentidos. Tanto em relação a assalto quanto à investidas masculinas. E olha que andei bastante à noite também e nunca me senti ameaçada.
Seja open minded
Às vezes criamos estereótipos de certas nacionalidades que não condizem com a realidade. Os russos me surpreenderam muito, porque eu sempre achei que eles fossem um povo frio e mau encarado, mas foi o contrário! Achei eles bem simpáticos, respeitosos e solícitos.
Sei que essas notícias de mulheres sendo abordadas de forma invasiva no período da Copa, deixam a gente com a pulga atrás da orelha, mas temos que lembrar que era uma época diferente, com pessoas de todas as nacionalidades e eu não me lembro de ter visto notícias sobre russos constrangendo mulheres. Brasileiros infelizmente, nós vimos aos montes.
Você já conhece meu livro digital TÔ INDO VIAJAR SOZINHA? Nele você vai encontrar muitas inspirações para tomar coragem e todas as dicas necessárias para se planejar e viajar sozinha!
Vou fazer aqui uma comparação triste, mas isso vai servir para você mulher, que está preocupada em ir para lá sola, tomar coragem. Qual a infeliz realidade que vivemos no Brasil em relação a assédio, principalmente nas ruas? Homens falando o que querem e muitas vezes nos tocando, certo? Pois lá eu não vivi nada disso! NADA! Então me sinto mais ameaçada aqui do que em qualquer lugar do mundo em que já pisei. Então vai tranquila (mas claro, sempre se cuidando, por favor)!
Só para trazer um dado aqui, o outro país em que me senti um pouco invadida foi na Itália, porque lá os homens abusam mesmo (me lembro que um chegou em mim na rua e falou para eu subir na moto dele, mas eu disse que não, ele insistiu, mas logo se foi).
Língua e comunicação no país
Sobre a comunicação com os russos, é de fato mais complicada pois eles quase não falam inglês, principalmente em Moscou (São Petersburgo é mais ocidentalizado, portanto mais gente fala inglês, mas nem tantas assim). Isso pode trazer uma insegurança, mas longe de se tornar uma dificuldade para você, porque como falei nesse post sobre a capital do país, os russos me pareceram muito solícitos e sempre que precisei de ajuda, eles tentaram através de mímicas ou indicações, me auxiliar.
Sensação de segurança
Antes de visitar o país, li muitas coisas negativas sobre os policiais e que a Rússia, na época da URSS era um Estado Policial, e portanto trouxe essa herança do policial como promotor e juiz, que abordava pessoas que julgavam “fora dos padrões”, mas eu não vi nada de errado! Achei tudo tranquilo.
Não sei se talvez, você for para lugares que nenhum turista vai, se pode acontecer algo do tipo, mas eu acredito que não, pois eu me apaixonei por uma Igreja que avistei de longe e fui andando por várias ruazinhas em que só tinham locais e ninguém me abordou ou vi qualquer situação esquisita. Essa Igreja é linda mas não é divulgada, portanto não tem quase nenhum turista por lá. Clica aqui nesse post de Moscou pra saber qual é e como foi minha experiência assistindo ao culto!
Esteja preparada
A grande questão é a gente se preparar para qualquer lugar que a gente vá sozinha. Pesquisar bastante antes de ir, conhecer a cultura do local aonde está indo, entender os costumes e hábitos das pessoas de lá. No geral, valem os mesmo cuidados que eu tomo ao andar no Rio. Evitar lugares escuros e desertos, ouvir minha intuição se ela tá dizendo que eu não devo ir por ali, não dar conversa para qualquer um que se aproxime (ou se der, só vá para lugares movimentados com essa pessoa) e não ficar bêbada com pessoas desconhecidas (isso é um requisito nas minhas andanças solitárias).
Assim vamos nos proteger física e emocionalmente para qualquer eventualidade.
Espero que se encham de coragem e lembrem-se: se bater o medo, vai com medo mesmo!
Beijos,
Flavia Goulart