Alagoas foi um dos últimos estados do nordeste a se popularizar para o turismo. Como isso é possível com uma infinidade de praias de águas azuis, clarinhas, calmas e quentinhas? Até rimou! Sério, a palavra que define esse lugar é paraíso.
Quando eu trabalhava em agência de viagens, vendendo pacotinhos por aí, era bem clássico o combo Maceió + Maragogi, então as pessoas achavam que Alagoas era só isso. Ledo engano. Temos que agradecer àquelas pessoas que começaram a disseminar as outras tantas maravilhas de lá.
Foi aí, que em 2016 eu resolvi fazer um roteiro de carro por Alagoas/Pernambuco e garanto que foi tudo mais do que perfeito!
Nesse post eu vou falar apenas do trecho Alagoas dessa viagem.
COMO CHEGAR:
O principal aeroporto do estado fica em Rio Claro, município a 22km do centro de Maceió (Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares), então se você for fazer apenas Alagoas, pode comprar sua passagem com entrada e saída por Maceió (MCZ).
Mas muita gente, o que foi o meu caso, decide montar um roteiro incluindo também parte de Pernambuco, então pode fazer a entrada por um aeroporto e a saída pelo aeroporto do outro estado.
O ideal, para conhecer bem o local e poder fazer a viagem no seu tempo e de acordo com os seus interesses, é alugar um carro e já sair do aeroporto com ele. A minha experiência foi excelente com a ajuda do GPS e Google Maps, e mesmo em partes mais distantes dos centros, foi fácil se achar.
Mas, sei que tem muita gente que não dirige ou tem medo de dirigir em locais em que não está habituada, então nada impede de contratar tours para fazer os passeios e deslocamentos entre cidades. A viagem vai ser linda do mesmo jeito!
EM QUE ÉPOCA IR:
A época de chuvas no estado é entre abril e agosto (sendo de que de maio a julho são considerados os meses de maior volume). Mas estamos falando de Nordeste, então temos que levar em conta duas coisas: uma que é calor o ano inteiro e outra, que as chuvas de lá são no estilo “o dia está lindo, chove, você se desespera e em meia hora o sol volta a brilhar pleno e sem nuvens para atrapalhar”.
Levando tudo isso em consideração, podemos dizer que dá para ir o ano inteiro! Eu mesma já fui pro nordeste em todas as estações e não faltou sol! Nessa viagem de Alagoas, eu fui no mês de agosto e só peguei um pouco de chuva no meu último dia.
A única questão é que se você vai num período de chuvas e de fato chove bastante na semana anterior da que você chegou, as águas podem não estar tão lindas quanto se fosse no período seco, que é entre setembro e março.
TÁBUA DE MARÉS:
Essa é sempre uma consideração a se fazer quando vamos pro Nordeste. Quanto mais baixa a maré, melhor para agendar os passeios para as piscinas naturais. O Ricardo Freire, do blog Viaje na Viagem, falou tim tim por tim tim disso aqui.
VOLTAGEM:
Não se esqueça de sempre conferir a voltagem dos lugares para onde você está indo para evitar sustos. Alagoas é 220v.
QUANTO TEMPO FICAR:
Como eu disse lá em cima, meu roteiro incluiu Porto de Galinhas também, então reservei 10 dias para toda a viagem e achei que ficou ótimo. Deu para curtir sem correria e aproveitar bastante as praias. Mas se você for fazer apenas Alagoas, eu diria que entre 5 e 6 dias é o ideal.
ROTEIRO/ O QUE FAZER?
Vou colocar aqui o roteiro detalhado que montei para esses dias com as dicas de praias, restaurantes e passeios.
DIA 1: MACEIÓ
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PRAIA DA PAJUÇARA
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PRAIA DA PONTA VERDE
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ORLA A NOITE
A orla de Maceió é bem famosa por ser a mais linda do Brasil, então a ideia era relaxar nas praias urbanas e curtir o movimento/feirinha de artesanato da orla da Pajuçara (onde me hospedei).
A praia da Pajuçara é a mais famosa de Maceió e é a região onde os hotéis ficam concentrados. A água é verde esmeralda e brilha quando bate o sol.
Tem vários bares e restaurantes espalhados por toda a orla, então dá pra passar o dia inteiro ali. Se você quiser visitar as piscinas naturais dessa praia, é possível pegar uma jangada (em torno de R$30,00), mas muita gente opta por deixar o passeio das piscinas para Maragogi.
A próxima praia é a de Ponta Verde, que é bem mais sossegada que sua vizinha. Aliás, fica a dica: se você quer fugir do burburinho, se hospede por aqui ou na Praia da Jatiúca.
Ponta Verde é tão bonita quanto a Pajuçara, mas é ali que estão os bares de praia mais populares da região: Lopana e Kanoa.
Para aproveitar a noite, ande pela orla da Pajuçara, escolha um restaurante que te agrade (tem para todos os bolsos!) e se curtir, visite o Pavilhão do Artesanato.
Pra ser bem sincera, visitar essas feirinhas não é muito a minha cara, pois acho bem repetitivo, já que em todas as cidades nordestinas tem uma. Mas acho legal a gente incentivar o turismo local, já que muitos sobrevivem disso. Então dá um pulinho lá e compra uns suvenires para os amigos que te aturam o ano inteiro! Rs
DIA 2: MACEIÓ
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PRAIA DO GUNGA
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PRAIA DO FRANCÊS
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RESTAURANTE MARIA ANTONIETA
Acho que esse é o combo clássico dos passeios em Maceió: Praia do Francês e do Gunga.
Fomos de carro até a Praia do Gunga (33Km de Maceió), no sentido sul, próximo a Barra de São Miguel. Quem vai para Maragogi ou São Miguel dos Milagres, vai para o litoral Norte, então é o outro extremo.
Para estacionar, é preciso pagar R$15,00 pois a praia fica numa área privada. Mas preciso te falar que vale muito a pena! Ô praia bonita e com aguas calmas! É o meu tipo de praia favorito, quando junta o azul do mar e o verde dos coqueiros. No caso de Gunga, um milhão de coqueiros.
Lá você encontra aqueles restaurantes na areia, bem comuns no Nordeste. Eles normalmente cobram consumação mínima, mas se você decidir passar um tempo nessa praia, vai acabar almoçando, então ok.
Tem várias atividades ali: jangadas, banana boat e passeio pelas falésias. Não fiz nenhum deles, porque eu só queria saber da minha espreguiçadeira, do meu livro e da minha porção de fritas, que foi meu lanche da manhã.
Mas o que não dá para deixar de fazer mesmo é subir no mirante (R$3,00) e tirar fotos maravilhosas!
Para almoçar, resolvemos seguir a dica de um amigo e comer no Bar do Pato, que fica no município de Marechal Deodoro, onde é a Praia do Francês, nosso próximo destino. Ele fica à beira do rio, num local super calmo e lindo e seu carro chefe são os pratos a base de pato e frutos do mar. Recomendo!
Depois, como já estava tarde e um pouco cansados, decidimos dar apenas uma caminhada pela Praia do Francês e voltamos pro hotel, pois o especial daquele dia era o jantar, já que era o meu aniversário.
Aí, queridos leitores, vem a melhor recomendação gastronômica desta viagem: Restaurante Maria Antonieta. Já aviso que não é barato, mas vale cada centavo. A começar por aquele ambiente aconchegante, intimista, e super bem decorado! A comida é italiana e deliciosa!
Sério, se puder ir, só vai!
DIA 3: MACEIÓ – MARAGOGI
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PRAIA DO MARCENEIRO
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PRAIA DO RIACHO
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PRAIA DO PATACHO
Aí começou nossa aventura a caminho de Maragogi, mas a intenção não era curtir Maragogi, ainda. E sim as praias no caminho até lá.
Essa é a região conhecida como São Miguel dos Milagres ou Rota Ecológica dos Milagres, que teve um boom há uns 3 anos, e agora até casamento de celebridade está tendo por lá. Tem muitos hotéis de luxo e muita gente está indo para Alagoas só para ficar ali, o que é totalmente entendível porque o que não falta é sossego e belas praias de águas azuis e cristalinas.
Fizemos tudo com a ajuda do Google Maps e umas perguntinhas aos locais, porque realmente a sinalização turística é fraca. Mas não se assuste, porque você não vai se perder. Não se esqueça que são praias sem estrutura, então leva seu lanchinho e sua agua.
A Praia do Marceneiro é absurda de maravilhosa. A água chega a brilhar de tão azul e é caaalma e quentinha. No dia que fomos estava super vazia e caminhamos pro lado direito dela, quando a maré estava baixa e tinha um visual de cair o queixo.
A segunda parada foi na Praia do Riacho que eu fiquei ainda mais apaixonada. Lá encontramos uma pousada (Pousada Recanto dos Milagres) que tinha serviço de praia, então resolvemos almoçar com vista pro mar e pé na areia. Foi a única com estrutura dentre as 3 praias que visitamos.
Pé na estrada de novo, para fechar o dia com chave de outro na Praia do Patacho, que é a mais famosa dessa região e fica em Porto de Pedras. Na minha humilde opinião, não é a mais bonita, mas foi lindo curtir o entardecer por ali.
Seguindo na rota para Maragogi, você vai ter que cruzar o Rio Manguaba de balsa (Porto de Pedras x Jarapatinga). A travessia dura em torno de 10 minutos e o que demora mais na verdade é a fila para embarcar, que nesse dia durou por volta de 1 hora (tem uns botecos na margem caso você preciso comer ou beber algo). O valor da balsa, que tem capacidade para 4 a 6 barcos é R$15,00.
DIA 4: MARAGOGI
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PISCINAS NATURAIS
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PRAIA DO ANTUNES
Finalmente chegou o dia de conhecer as famosas piscinas naturais de Maragogi. Reservamos o passeio com uma agência local, que ficava na orla da praia.
Aqui vai outra dica: escolha sempre o dia que estará mais ensolarado conforme a previsão, para fazer esse passeio, pois aí as galés estarão muito azuis e transparentes.
Não se esqueça também de checar a maré, mas normalmente as agências marcam a hora do passeio contando com isso. Assim fizemos e foi a melhor coisa. Conheço pessoas que visitaram as piscinas e não acharam nada demais. Como assim gente? Alguma coisa aconteceu, porque o lugar é divino.
E aí vem outra dica que vai influenciar totalmente a experiência de vocês nas Galés. O passeio de barco sai da orla de Maragogi e vai mar a dentro até chegar nas piscinas. Quando o barco “estaciona”, já tem vários barcos lá e estão chegando mil outros.
Ai que vem o pulo do gato: quando você saltar do barco, ande para perto dos corais. Eu não sei o que acontece, mas as pessoas gostam de ficar reunidas na parte com os barcos. Oii? E ali, a água fica turva por conta da movimentação dos barcos e das pessoas, então a areia sobe. Então gente, por favor, salta do barco e vai nadando/andando uns 5 minutos para as partes mais afastadas onde tem os corais.
Não tem perigo e não é fundo, e você terá uma água cristalina, maravilhosa, estilo Caribe/Maldivas só para você.
A parte turística de Maragogi é praticamente a orla, então o almoço do dia foi ali mesmo depois do passeio de barco.
A tarde seguimos para a Praia do Antunes (7 km do centro de Maragogi), que é bem rústica e tem vários peixinhos. Não se esqueça de levar seus lanches e canga, porque não tem nada por ali!
Aliás tem sim: aquela maravilha de mar e a sombra dos coqueiros. Quero mais o que?
DIA 5 E 6: MARAGOGI
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HOTEL GRAND OCA
Nesses dias a intenção era curtir um pouco de estrutura e descansar num resort all inclusive. Fiquei na dúvida entre dois resorts nesse estilo, mas acabei optando pelo Grand Oca porque pelas minhas pesquisas, a praia do hotel tinha o azul mais lindo. Me julguem, mas sou a louca do azul e das águas turquesas. E ainda levei um excelente hotel de brinde. Rs
Vou fazer um post específico para as hospedagens dessa viagem, porque esse post já ficou gigantesco.
Aproveita que as férias de julho já estão batendo na porta, procura uma promoção de passagens e se joga!
Beijos,
Flavia Goulart
